Nas últimas décadas do século XIX, foram instaladas as primeiras indústrias paulistas. O dinheiro movimentado pelo café financiou máquinas e importou mão-de-obra. Nesse período, São Paulo iniciou seu processo de modernização e ganhou destaque como o principal centro industrial do País.
Em sintonia com esse momento de efervescência da metrópole emergente, o engenheiro uruguaio Joaquim Eugênio de Lima inaugurou em 1891 a Avenida Paulista, com projeto similar às grandes avenidas européias. Aos poucos, a nascente burguesia paulistana ocupou a avenida com seus elegantes e requintados casarões, e transformou-a numa das referências mais consagradas da cidade.
A partir dos anos 30, São Paulo surpreende. Entre 1934 e 1938 a indústria paulistana cresce 60%. Em 1941, já possui o maior parque industrial da América Latina, com 14 mil fábricas. Esse fenômeno provocou uma nova fase na cidade de São Paulo, particularmente na Avenida Paulista, que trocou sua vocação residencial por um acelerado processo de verticalização com a implantação dos primeiros edifícios comercias e de serviços. As novas atividades e a constante valorização dos terrenos imprimiram outra dinâmica à Paulista.
Mais tarde, no início dos anos 70, foram necessárias obras de alargamento na avenida para que pudesse suportar a intensa circulação de veículos. Nos anos 80, as multinacionais e as instituições financeiras construíram os primeiros edifícios de alta tecnologia. Com uma estética característica dos grandes centros comerciais internacionais e com a chegada do eficiente serviço metroviário, a população paulistana se identifica com a Paulista e a elege Símbolo da Cidade.
Depois de mais de 100 anos, torna-se fácil perceber a grandeza da Avenida Paulista. Instalada na maior cota da topografia urbana paulistana, transformou-se centro econômico mais importante do País e no centro cultural mais agitado da cidade. Uma situação sintonizada com as referências da modernidade que sintetiza os valores dissonantes da maior metrópole do continente.
Bom, tudo isso para apresentar este apartamento no centro da Paulista reformado pelo arquiteto Carlos Saraiva.
Texto: Rubens Fernandes Junior, fotos: Arquitetura & Construção
Que apartamento lindo.
ResponderExcluirGostei muito da tábua corrida.
Beijo:)
O piso de madeira de demolição é lindo e contrasta bem com o visual "clean" do resto do aprtamento. Adoro janelões e luz natural. Só fui uma vez à São Paulo há dois anos e estou louca pra voltar!
ResponderExcluirNossa eu amo o piso de madeira de demolicao tb! Gosto demais do conceito da cozinha aberta e do tapete felpudo da sala! Acho super interessante tambem a mistura desse ambiente q eh mais soft com a paisagem dramatica e bastante anular da Av. Paulista! O toque que o tapete, a cortina leve e as almofadas de flores dao na sala ficou muito bonito.
ResponderExcluirMe da cada vez mais vontade de fugir de volta para SP!
bjos!!!
Lindo! Eu quase comprei um apto na Av Paulista, eles são grandes e baratos em comparação com as áreas nobres da cidade. Eu acho um charme morar lá, super urbano e descolado. O problema é que precisa ter tempo e saco, pois a grande maioria não vê uma pintura há décadas.
ResponderExcluirBjs
Eu e o marido estamos passando mal MESMO aqui com esse post.
ResponderExcluirSomos fans da Paulista - nosso quintal.
=)